
Fundado a 4 de junho de 1989, o Coro do Mosteiro de Grijó está a celebrar 30 anos de existência ao serviço exclusivo da música sacra. Ao longo destas três décadas realizou, por proposta ou por convite, mais de 250 concertos em muitas igrejas de Portugal continental (embora com maior frequência na zona norte) e no estrangeiro. Neste capítulo podem-se referir os concertos realizados em Praga (República Checa, 2007), Bruges e Gand (Bélgica, 2009), Santiago de Compostela (2015), Roma (2016), Ávila e Alba de Tormes (2017), Madrid e Escorial (2018) e Paris (2019). Antes destas internacionalizações foi selecionado, em dezembro de 1998, para participar na gravação do CD “Os melhores coros amadores da região do Grande Porto”. Em novembro de 2000, no âmbito do Grande Jubileu, gravou o CD “As sete palavras de Cristo na cruz” de Charles Gounod e, em maio de 2005, gravou o CD “Magnificat”, com dezasseis peças de temática mariana. Fastidioso será referir todo o catálogo de autores executados e as muitas dezenas de partituras objeto de estudo e de trabalho ao longo deste tempo. Apresentando apenas música escrita para a liturgia católica ou de temática religiosa cristã, o seu reportório vai desde o século XVI até ao presente, privilegiando sobretudo (até por questões financeiras, pois não possui fontes de rendimento) a música coral “a cappella”. Dotado de personalidade jurídica desde a sua criação, é, no entanto um coro amador neste duplo sentido: os seus membros não auferem qualquer remuneração pelo seu trabalho mas assumem o compromisso, de coração, ao coro e às suas exigências (dois ensaios por semana, às quintas e aos Domingos, das 21:30 às 23:00, a presença nos concertos agendados e a participação nas atividades de carácter social, solidário ou de convívio propostas), tornando-se realmente, como diria o Poeta, “o amador na coisa amada”. Como consta do seu ideário e já foi referido, o coro pretende dar a conhecer peças musicais de qualidade do tesouro musical da Igreja, inspirado pelo belíssimo mosteiro de que usa o nome mas, na sua ação concertística, vai difundindo também o nome de Grijó. Assim aconteceu no final de abril quando se apresentou em três igrejas de Paris tendo tido, na última, a honrosa presença do Cônsul-Geral de Portugal naquela cidade, que ouviu a nossa interpretação e privou connosco.
Como já aconteceu nas suas Bodas de Prata, os dois concertos comemorativos dos 30 anos do Coro do Mosteiro de Grijó terão a grata participação da Orquestra Per Anima, da Escola de Música de Perosinho, dirigida pelo seu maestro, João Costa. Assim, o programa a executar incluirá dez peças “a cappella”, dos séculos XVI a XX, sob a direção de Joaquim Rêgo Marçal (maestro do coro desde 1995), a peça instrumental “Sentimental Saraband” de Britten e o Offertorium “Ecce quam bonum” de Rheinberger, terminando com o “Te Deum laudamus” de Joseph Haydn. Nestas duas últimas obras o baixo contínuo estará a cargo do organista Daniel Ribeiro. Os concertos, ambos às 21:30, terão lugar na sexta feira, 10 de maio, na Igreja de N. S. da Lapa, no Porto, e no sábado, 11 de maio, na Igreja do Mosteiro de Grijó.